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      Desenvolvendo os sensos de independência e de interdependência

      • Postado por Marcelo Meirelles
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      Senso de independência

      Desenvolver senso de independência significa desenvolver competência e autonomia em relação à influência de outras pessoas. A independência é uma construção multifacetada que se refere a uma longa lista de fenômenos que variam em sua inter-relação.

      Autonomia emocional

      Autonomia emocional refere-se ao aumento dos sentimentos subjetivos de independência, especialmente em relação aos pais ou figuras parentais.

      Nos estágios iniciais da adolescência, a autonomia emocional é alcançada, em parte, pela individuação em relação aos pais e discussão com os mesmos. Através deste processo, a relação se transforma e o adolescente desenvolve um novo repertório comportamental e uma nova imagem de seus pais.

      Ao final deste processo, teremos três resultados inter-relacionados:
      – um adolescente mudado, que agora se vê de outra forma;
      – pais mudados, que agora vêem seu filho (e talvez a si mesmos) de maneira diferente;
      – uma mudança no relacionamento entre pais e filho, que provavelmente será mais igualitário do que era.

      O desenvolvimento da autonomia emocional começa com a individuação em relação aos pais e termina com a conquista de um senso de identidade.

      Individuação: processo pelo qual uma parte do todo se torna progressivamente mais distinta e independente; diferenciação do todo em partes cada vez mais independentes.

      Resulta de uma negociação progressiva entre filho e pais sobre questões relacionadas ao exercício da autonomia do adolescente. É muito mais do que uma simples tentativa do adolescente de se separar de seus pais. Tem a ver com uma transformação nos pressupostos e crenças implícitas e explícitas que moldam as interações entre os membros da família.

      Isto não quer dizer que todos os elementos desta negociação sejam conscientes ou deliberados, que as partes envolvidas estejam participando de bom grado ​​ou que a experiência diária de renegociar os termos da relação pais-filho seja necessariamente agradável.

      Esta nova visão da autonomia emocional enfatiza as diferentes maneiras pelas quais os adolescentes e os pais interpretam a relação e as experiências vividas, as expectativas que cada um deles traz e as maneiras pelas quais essas cognições moldam os padrões de interação entre os membros da família.

      Ao longo da adolescência, o sentimento subjetivo de independência dos indivíduos aumenta significativamente, conforme indicado pelos sentimentos de separação em relação aos pais e mudanças nas percepções sobre eles, com adolescentes mais velhos menos propensos do que pré-adolescentes a idealizar seus pais ou acreditar na sua onipotência.

      Embora este processo comece no início da faixa etária, com a desidealização dos pais e desafios à autoridade parental, ele se desenrola durante todos os próximos anos, e a imagem totalmente madura dos pais não começa a aparecer até a fase mais tardia da adolescência.

      Historicamente, a adolescência começou a ser considerada uma etapa distinta do desenvolvimento humano apenas no século XIX, sendo atribuída a Granville Stanley Hall a autoria da publicação do primeiro estudo conhecido sobre a adolescência, em 1904, intitulado “Adolescence”. Nessa obra, Hall descreveu a adolescência como um período marcado por “tempestade e estresse” e, no transcorrer do século passado, muitos estudos fortaleceram esta visão, enfatizando as dificuldades e os problemas manifestados nesse momento da vida.

      Hoje considera-se que o desenvolvimento da autonomia emocional é um fenômeno muito mais gradual e muito menos dramático do que o sugerido originalmente como período de “tempestade e estresse”.

      O desapego dos laços parentais não é regra, nem está associado ao ajuste positivo ou ao bem-estar psicológico. Da mesma forma, nenhum estudo sugere que a rebeldia ou o oposicionismo implacável é necessário para um desenvolvimento psicossocial saudável posterior. Muitos estudos indicam que repúdio declarado aos pais provavelmente é preditivo de problemas, e não de sucesso, no desenvolvimento da independência emocional.

      Enquanto o processo de individuação é significativo no início da adolescência, o senso de identidade pouco se desenvolve até a adolescência tardia e início da idade adulta, quando passa a chamar bastante atenção. Assim, o processo de descobrir que se tem uma identidade separada (o processo de individuação) precede o processo de descobrir o que é essa identidade (o processo de desenvolvimento da identidade). A adolescência média é importante como o tempo durante o qual as preocupações psicossociais da adolescência passam da individuação em relação aos pais para o estabelecimento de um senso de identidade.

      As mudanças mais visíveis, como aumento das brigas e desafio à autoridade parental, acontecem relativamente cedo. Isto sugere que mudanças interpessoais precedem as melhorias na autogovernança (esta última pode não ocorrer até a metade da adolescência, ou até o desenvolvimento de um senso de identidade, que ocorre relativamente tarde).

      O quanto aqueles que são importantes na vida do adolescente permitem ou incentivam o desenvolvimento da independência emocional está diretamente relacionado ao ajuste psicossocial do adolescente, especialmente nos domínios da autoconfiança, autopercepção e saúde mental.

      Pais calorosos, mas não intrusivos, facilitam o desenvolvimento de uma independência emocional saudável. Os mesmos fatores associados ao desenvolvimento da individuação saudável (envolvimento dos pais, tolerância às expressões de individualidade) também parecem contribuir para o desenvolvimento de um senso de identidade saudável.

      Autonomia comportamental

      A autonomia comportamental abrange múltiplas capacidades envolvidas com a auto-suficiência, mas aparece sob duas formas diferentes de pesquisa na adolescência:

      – capacidade de auto-governança competente na ausência de orientação ou monitoramento externo, como quando, por exemplo, um adolescente funciona sozinho sem pais em uma situação nova ou desafiadora ou se comporta de forma ética quando fora do alcance da supervisão de um adulto.

      – capacidade de funcionar de maneira independente diante de uma influência externa, como quando, por exemplo, o adolescente precisa resistir à pressão dos pares para que se comporte de maneira que vá contra seu julgamento ou preferências pessoais.

      Acredita-se que os pais facilitam o desenvolvimento da autonomia comportamental de quatro maneiras principais:
      a) servindo como exemplo de pessoas que tomam decisões boas, de maneira competente;
      b) incentivando tomadas de decisões independentes no contexto familiar;
      c) recompensando tomadas de decisões independentes fora do contexto familiar;
      d) incutindo no adolescente um senso amplo de auto-eficácia, através de um estilo parental autoritativo.

      Na abordagem autoritativa (ou participativa), os pais são afetuosos e cuidam de seus filhos, mas também estabelecem limites e fronteiras para os comportamentos deles. Estimulam a realização de perguntas e oferecem explicações para as consequências relacionadas ao bom e mau comportamento. Incentivam a independência, promovendo ao mesmo tempo a autodisciplina e a maturidade. Ao compreender o raciocínio por trás das regras e limites, os jovens desenvolvem um melhor senso de empatia e melhores habilidades sociais quando adultos. É mais provável que se tornem adultos socialmente responsáveis, autorreguladores e cooperativos.

      Neurociência do desenvolvimento, maturação cerebral e auto-governança

      O período entre a adolescência inicial e média (entre 13 e 15 anos de idade), parece ser um importante momento de transição no desenvolvimento da autonomia comportamental. Os adolescentes se tornam cada vez mais motivados a procurar a independência em relação aos pais durante este período, sem ter ainda maturidade psicossocial quando estão sozinhos ou em companhia de seus amigos.

      As mudanças no sistema límbico impulsionam o adolescente para a busca de sensações e exposição a riscos, que exigem maior independência do controle parental e precedem a maturação do córtex pré-frontal, responsável por vários aspectos da função executiva (auto-regulação, controle de impulsos e planejamento).

      A disjunção entre os comportamentos biologicamente impulsionados pelas emoções e a capacidade de modulá-las cria uma lacuna que alguns escritores comparam a “ligar os motores com um motorista não qualificado”.

      Esta diferença entre o grau de autonomia que o adolescente busca e recebe, por um lado, e sua real capacidade de auto-governança, por outro, pode deixar o indivíduo propenso a uma análise incompleta dos problemas, colocando-o em situações difíceis ou desafiadoras antes do desenvolvimento de uma auto-regulação madura.

      Devido as alterações cerebrais fisiológicas durante a segunda década de vida e a variabilidade individual na aquisição de habilidades necessárias para tomada de decisões maduras, a concessão de privilégios baseada apenas na idade cronológica é questionável.

      Alguns países, por exemplo, utilizam um sistema de licenciamento graduado (Graduated driver licensing systems – GDLS) para adolescentes tirarem carteira de motorista. O jovem deve demonstrar capacidade de conduzir o veículo com a supervisão de um adulto antes de poder dirigir sozinho durante o dia. O privilégio de dirigir com outros adolescentes é concedido posteriormente, pois a tomada de decisões é influenciada pelo contexto social de ter colegas no veículo.

      Senso de interdependência

      Interdependência diz respeito a conexões e compromissos com indivíduos e instituições sociais além da família. Uma boa base de interdependência no início da vida parece ser um precursor significativo da interdependência contínua nos relacionamentos na adolescência e na idade adulta.

      A aquisição de interdependência é parte de um processo que se inicia ao nascimento. Na adolescência, três aspectos da interdependência se desenvolvem de forma importante:

      – apego: o apego pelos cuidadores forma um substrato sobre o qual outros apegos podem ser construídos, e os processos de formação e transformação destes apegos continuam ao longo e além da adolescência.

      – intimidade: as relações entre pares do mesmo gênero durante a infância proporcionam experiências iniciais de intimidade, mas relacionamentos íntimos com colegas de sexo oposto geralmente se desenvolvem durante a adolescência.

      – sexualidade: embora alguns rudimentos da sexualidade estejam presentes na infância, a atividade sexual geralmente começa na adolescência, trazendo consigo questões de relacionamento, responsabilidade social e pessoal, saúde e segurança.

      Apego

      A construção de apego nas relações entre lactentes e cuidadores refere-se a uma conexão única que ajuda o bebê a se sentir seguro diante de condições ameaçadoras e a ser emocionalmente regulado.

      Duas teorias amplamente compatíveis explicam a ligação entre apego na infância e na adolescência:
      – segundo o modelo carry-foward, as funções e representações de apego entre cuidador e filho (modelos interno de trabalho, ou modelo de funcionamento interno) organizam expectativas e comportamentos em relacionamentos posteriores;
      – as relações com cuidadores antes da adolescência expõem os indivíduos a componentes efetivos de relacionamentos, como empatia, reciprocidade e autoconfiança, que dão forma a interações em relacionamentos posteriores.

      Modelo interno de trabalho (modelo de funcionamento interno): estruturas cognitivas que orientam as interações subsequentes ao longo da infância. Criado na infância e atualizado durante o ciclo de vida. Este modelo é constituído pela internalização de regras aprendidas na infância e representações mentais e expectativas sobre a percepção do ambiente, de si mesmo e das figuras de apego. São estes modelos de funcionamento interno que permitem uma recriação (repetição) do padrão de modelo interno de apego primário.

      Por sua vez, as amizades da infância e da adolescência servem como modelos para relacionamentos subsequentes fora da família, incluindo relacionamentos românticos.

      O significado do apego para os indivíduos e seus relacionamentos, tanto antes quanto durante a adolescência, é evidente nos resultados de estudos longitudinais. Por exemplo, o apego seguro e precoce durante a infância é preditor das características das relações na adolescência. Da mesma forma, experiências iniciais negativas estão associadas a hostilidade nas interações com parceiros românticos no início da idade adulta, além de contribuírem negativamente nos relacionamentos com colegas e pais.

      Intimidade

      Intimidade pressupõe abertura para os outros, sinceridade e confiança para autorrevelação, reciprocidade e responsividade em pelo menos algumas das relações com companheiros da mesma idade. O desenvolvimento da capacidade de intimidade durante a adolescência, sem dúvida, baseia-se nas mudanças físicas, cognitivas e sociais do período.

      Responsividade refere-se a atitudes compreensivas e capacidade de atentar, perceber e interpretar acuradamente as questões do próximo e de responder a elas de forma contingente e apropriada.

      Autorrevelação é um processo de comunicação através do qual uma pessoa revela informações sobre si mesmo para outra.

      Especula-se que o jovem torna-se cada vez mais capaz de relacionamentos íntimos à medida que surge uma compreensão mais sofisticada das relações sociais e que se aprimora a capacidade de inferir pensamentos e sentimentos alheios. Tal como acontece com o apego, existem fortes ligações entre a qualidade das amizades na adolescência e a natureza da relação familiar em períodos anteriores.

      Passar mais tempo com os pares e, consequentemente, menos tempo com os adultos, contribui para o desenvolvimento da intimidade, aumentando o conforto com os colegas.

      O interesse compartilhado por diferentes aspectos da adolescência estimula o desejo de se comunicar com os pares. As mudanças biológicas associadas à puberdade, bem como questões relativas a namoro e sexo, levam a discussões mais frequentes com os amigos, o que para eles muitas vezes é mais confortável do que conversar com os pais.

      O compartilhamento superficial de atividades que basta entre amigos de infância é suplantado durante a adolescência pelo potencial de reciprocidade, preocupação, lealdade, confiabilidade e respeito pela confiança entre amigos adolescentes.

      As diferenças de gênero na extensão e no significado da intimidade são comuns e amplamente discutidas. Durante a adolescência, quando em comparação com as amizades dos meninos, as amizades das meninas sempre envolvem bem mais o conhecer, a sensibilidade, a doação e a partilha. Para homens e mulheres, as amizades com pares do mesmo sexo fornecem um ambiente propício para o desenvolvimento da intimidade na adolescência inicial e média. A intimidade nas amizades com indivíduos do sexo oposto, seja romântica ou platônica, é uma característica relativamente tardia.

      Assim, a intimidade física nas relações sexuais é apenas um aspecto do conceito bem mais amplo de intimidade na adolescência.

      Sexualidade

      Na adolescência, a sexualidade refere-se:
      – ao ajuste a um corpo sexualmente maduro;
      – ao gerenciamento de desejos sexuais;
      – à formação de atitudes e valores sexuais;
      – à aprendizagem das expectativas de outros;
      – a experimentar comportamentos sexuais;
      – a integrar todas essas dimensões no sentido de si próprio.

      É mais difícil generalizar sobre o desenvolvimento da sexualidade do que sobre o apego ou a intimidade, pois as normas culturais que envolvem o comportamento sexual são altamente variáveis e influentes.

      As diferenças de gênero na experiência psicossocial da sexualidade são evidentes, tanto por questões sociais (por exemplo, a maior facilidade que as meninas têm no desenvolvimento da intimidade, quando em comparação com os meninos), quanto por diferenças físicas (por exemplo, maturação precoce das meninas e possibilidade de gravidez).

      As meninas são tratadas com mais dureza do que os meninos em relação a certos tipos de atividades sexuais e, consequentemente, são mais propensas à ambivalência sobre sua sexualidade e a serem criticadas quando sexualmente ativas.

      As meninas geralmente enfatizam os aspectos emocionais das relações sexuais, enquanto os meninos mais frequentemente enfatizam a satisfação física, embora as visões dentro do sexo sejam altamente variáveis.

      As relações familiares, entre amigos e com os parceiros românticos interferem na variabilidade individual no desenvolvimento psicossocial da sexualidade. Evidências apontam que, quando há uma relação positiva entre pais e filho, o jovem tende a um início tardio da atividade sexual, com relações sexuais menos frequentes e menor número de parceiros sexuais. Os colegas, principalmente os melhores amigos, também contribuem para as diferenças individuais nas expectativas, atitudes e comportamentos sexuais, embora mais entre meninas do que entre meninos.

      A idade de iniciação sexual é importante nas consequências psicossociais da atividade sexual. Os adolescentes que têm a primeira relação sexual muito cedo (antes dos 16 anos de idade) geralmente apresentam maior risco de problemas. Nesta idade tendem a ser menos orientados sobre a sexualidade de um modo geral, mais alienados em relação a seus pais e mais propensos a ter outros comportamentos de risco (como abuso de drogas), devido à sua relativa imaturidade psicossocial. Além disso, como regra geral, quanto mais jovem é o início da atividade sexual nas meninas, mais provável é que elas tenham sofrido algum tipo de pressão para que isso acontecesse.

      Um foco prematuro na atividade sexual pode interferir na integração bem-sucedida de outros aspectos da sexualidade, como os emocionais, por exemplo. Muitos jovens relatam experiências negativas decorrentes da pressão exercida para se envolverem em atividades sexuais que não desejavam ou para as quais ainda não se sentiam prontos.

      Referências Bibliográficas

      • STEINBERG, Laurence; COLLINS, W. Andrew. Adolescent Psychosocial Development and Behavior. In: FISHER, Martin M. et al (Org.). Textbook of Adolescent Health Care. United States of America: American Academy of Pediatrics, 2011. cap. 6, p. 39-44.


      • Marcelo Meirelles
      – Médico Pediatra
      – Especialista em Hebiatria (Medicina do Adolescente)


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